MELATONINA E OBESIDADE
Cada vez mais pesquisas associam disfunções no nosso ciclo circadiano (nosso relógio biológico) com uma série de doenças crônicas, como obesidade e diabetes.
Uma peça chave desse processo é um hormônio produzido na glândula pineal, a melatonina. A glândula pineal fica localizada no cérebro e é a responsável pela produção de melatonina no nosso sistema nervoso central. Para uma produção adequada de melatonina, é necessário inibição da luz, sendo assim nossa produção de melatonina fisiológica inicia por volta das 20:00 e atinge seu pico durante a madrugada.
Recentemente diversos estudos tem associado a melatonina (ou melhor, a baixa produção dela) em diversas condições clínicas, como regulação do apetite, enxaqueca, controle da glicose no sangue e na parte imunológica.
Dentre os diversos estudos com melatonina, alguns são direcionados no papel da mesma no tecido adiposo – uma pesquisa recente realizada por integrantes do Departamento de Ciências Biomédicas da Universidade de Sassari, na Itália, identificou a capacidade da melatonina de inibir células precursoras dos adipócitos (as células do nosso corpo responsáveis por armazenar gordura). Considerando o baixo custo e um alto grau de segurança no seu uso (praticamente não há efeitos colaterais, mesmo em doses altas) a melatonina passa a ser considerada como importante coadjuvante na terapia para emagrecimento.